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25/08/2015

Iya Adunni Olorisha Susanne Wenger - do rio Oshun - em memorial



Babalorixá Anderson na Áustria

Julho foi um mês intenso, na Áustria. Foi um período de candomblé com Babalorixá Anderson nas instituições, na imprensa, nos museus, nos festivais… Um período para juntar povo de santo e amig@s, para conectar African@s, Brasileir@s, Latin@s e Austríac@s de todas as cores. Falamos muito de religião e cultura, de historia e atualidade, de direitos humanos, respeito, luta contra a intolerância religiosa e a discriminação racial.
Nos, Silvia Jura e Célia Mara, diretoras da globalista e da Casa Matria, queremos agradecer mais uma vez ao nosso Pai, Babalorixá Anderson de Oxalá do Ilê Axé Obatalandê pela presença absoluta, a força das suas falas e o empenho para construir perspectivas de um mundo melhor. Parecia um presente dos Deuses que nos conectou com as forças ancestrais do Brasil – na Áustria.

Aru Kuxipa e Ernesto Neto 

Foram os espíritos indígenas a acolher o Babalorixá no Aru Kuxipa, espaço sagrado dos Huni Kuin, montado temporariamente em Viena. O contexto: uma exposição do artista brasileiro Ernesto Neto, no museu tba21 em Viena, onde aconteceu um seminário sobre a cura e o poder das plantas sagradas. O livro das plantas sagradas dos Huni Kuin foi apresentado ao publico - declarando com esse ato tambèm a soverania dos povos Huni Kuin sobre a sabedoria das plantas - evitando futuras questões de patentes de empresas farmacéuticas americanas!

Susanne Wenger Foundation

E mais um encontro de grande Axé, nunca esperado, aconteceu: três dos grandes sacerdotes Ioruba trocaram Axé com Babalorixá Anderson na cidade de Krems, no interior da Áustria. A princesa de Oshun, sacerdota Adedoyin Faniyi Talabi Olosun, o sacerdote e artista Shangodare Gbadegesin Ajala e o sacerdote e artista Akintunde Sangosakin Ajala. Todos eles filhos e filhas adotivos de Iya Adunni Olorisha Susan Wenger. Susan Wenger foi uma artista plástica austríaca, sacerdota de Oshun, que viveu 60 anos em Oshogbo/Nigéria e consagrou a sua vida á defesa da cultura ioruba. Chamada pelo Ifá, ela foi encarregada de reconstruir os lugares sacros dos Ioruba, lugares de natureza, terreiros e casas dos santos. Constrói templos imensos, estatuas… Se criou um movimento artístico junto a ela, formado por jovens artistas ioruba – “the sacred art” - a arte sagrada. O que eles deixaram foi declarado patrimônio da humanidade pela UNESCO.



A luta para defender a diversidade cultural Ioruba é grande, na Nigéria também. É uma luta contra o abandono, o esquecimento, mas também contra os movimentos evangélicos pentecostais, contra o Islam. dominador e unificador. Susanne Wenger, iniciada como Olorisha, sacerdota Ioruba, foi uma pessoa cheia da poesia, mitologia e religião dos Ioruba. Ela se dedicou como artista contemporânea, visionária e livre com a clareza transcendental da sua arte, a preservação da cultura. Ela morreu em 2009. Em Krems, Wolfgang Denk, fundador do museu internacional de arte contemporânea “Kunsthalle Krems”, com a sua esposa, Martha Denk, abriram um espaço de lembrança a Susanne Wenger e as suas obras, a fundação Susanne Wenger – um espaço que acolhe artistas e ajude a difundir a cultura Ioruba no mundo. Agradecemos o Dr. Wolfgang Denk por ter nos recebido e aberto essa ponte com os grandes sacerdotes Ioruba.
Adupe Olorum! …


 
In the Studio with Sangodare from Rainer Doost on Vimeo.


11/08/2015

A difusão da cultura afro-brasileira na Austria

Num período difícil para Salvador, onde a especulação imobiliária esta se expandindo para dominar a cidade inteira, destruindo o patrimônio da humanidade protejido pela UNESCO, a cultura tradicional e bohémia, e - sobre tudo - calando a voz da população,  num momento de grande luta entre os interesses das oligarquias e da sociedade civil, nos nos concentramos na realização de um projeto em pro da difusão da cultura afro-brasileira na Áustria e da conscientização publica sobre os problemas atuais de Salvador.

Babalorixá Anderson no tba21, exposição de Ernesto Neto e do povo Huni Kuin


A Globalista convidou Babalorixá Anderson de Oxalá, parceiro da Casa Matria, para uma serie de eventos na Áustria. Foram dez dias de palestras, de encontros, de entrevistas e de construção de novas redes, divulgando o Candomblé,  o respeito da cultura afro-brasileira e do povo negro, da promoção da igualdade racial. Divulgamos a critica a intolerância religiosa e a gentrificação cruel da cidade de Salvador. 

Embaixador Evandro Didonet, Silvia Jura, Babalorixa Anderson,  Secretária de cultura Miriam Leitão

Entre os encontros oficiais, vale ressaltar o recebimento pelo Embaixador Brasileiro e a secretaria de cultura e o encontro com as maiores autoridades do culto aos Orishas na Nigéria, o grande sacerdote Highpriest Sangodare Gbadegesin Ajala e a princesa de Oxum, Doyin Olosun do Òsogbo/Nigéria.
Wolfgang Friedrich Denk, diretor da fundação Susanne Wenger e hospedes

O Babalorixá ofereceu falas e rodas de discussões sobre o Candomblé e a cultura afro-brasileira no Weltmuseum, no museu tba21 de Francisca Habsburg, no contexto da exposição de Ernesto Neto, no centro cultural Ku-Hof/Linz e 5 dias de palestras no festival africano Kasumama.


Fala de Anderson @ Kasumama
Anderson de Oxala deu varias entrevistas para a radio nacional, para radios privadas e TV, uma fala foi transmitida ao vivo numa TV-local, Silvia Jura foi entrevistada sobre a questão da gentrificação em Salvador.

Babalorixa Anderson na radio Orange


Weltmuseum Wien

Weltmuseum Wien - Babalorixa Anderson, Silvia Jura
Nos encontros preparatórios e tb. consecutivos, foram importante as trocas de informações com a UNESCO e com Auma Obama, irmã do presidente dos Estados Unidos.
Se abriram muitas cooperações novas, a rede para um mundo melhor, sem racismo e discriminação é uma rede internacional com gente solidaría no mundo inteiro.

Célia Mara e Auma Obama, a irmão do presidente Barack Obama


Seguem algumas fotos
Aru Kuxipa & Candomblê Weltmuseum Wien - Vortrag Babalorixa Anderson Kasumama Open Stage 2015