17/10/2014

Yachtclub, Especulação na Brandão e um outro esemplo: Vila Autódromo


A Vila Brandão esta sofrendo de novo, nesse período, um ataque pesado pelo Yachtclub. 
Vou postar em breve um artigo detalhado sobre o projeto do Yachtclub, que prevê a eliminação a longo prazo da nossa Comunidade, colocando prédios de 3 andares, estaleiros e oficinas na beira do mar - na ultima zona verde publica da Vitoria!
O projeto prevê um quadra esportiva de uso e acesso exclusivo pelos sócios do Yachtclub  - no lugar da aera verde da comunidade, único lugar recreativo dos moradores da Vila Brandão e das comunidades nas vizinhanças. Se trata do ultimo acesso ao mar livre e publico na Vitoria!
(projeto: palestras esportivas / casamatria 2011)

O Yachtclub, que esta invadindo da tempo o terreno da marina para se enriquecer, esta negociando um contrato de aluguel (comodato) para essa quadra por os próximos 25 anos á comunidade. Depois acaba o direito de usar o espaço.
Porque a associação dos moradores da Vila Brandão quer assinar um contrato desse tipo? Quero respostas!
Vamos apresentar mais fatos no próximo post. 

Mas agora, quero mostrar um exemplo de uma comunidade no Rio de Janeiro, que esta lutando com vários métodos contra a especulação imobiliária. Um exemplo para a Vila Brandão, um exemplo pela associação dos moradores.



A Vila Autódromo é uma comunidade muito parecida com a Vila Brandão o a Gamboa

Localizada em área privilegiada da cidade do Rio de Janeiro, na lagoa de Jacarepaguá, está refém de especulação imobiliária. Uma comunidade que existe ha mais de 30 anos, formalizada, representada pela defensoria publica… 
A associação dos moradores abriu uma parceria multidisciplinar com arquitetos, urbanistas, sociólogos com a ETTERN na UFRJ e criaram planos alternativos pela comunidade - incluindo os aspectos de saúde, educação, saneamento básico, transporte etc.… Projetos que ganharam prêmios internacionais do Banco Alemão para serem realizados.
Mas o prefeito do Rio não quer a pareceria urbanística com a comunidade!
Ultimamente, pelas Olympiades, o grupo imobiliário Carvalho Hosken (proprietário de muita terra nas vizinhanças), junto aos conglomerados ODEBRECHT  & Andrade Gutierrez, presentearam um novo projeto pelo parco olímpico - e o prefeito Eduardo Paes (PMDB)quis remover os moradores.
A metade da comunidade esta em resistência, algumas famílias aceitaram a mudança em apartamentos do Programa Minha Casa Minha Vida a 1 KM da Vila, no Parque residencial Carioca, outras decideram ficar – e lutar parar uma re-urbanisação da comunidade, incluindo saneamento basico, crêche, ruas etc… 
Vcs. podem ler o artigo em baixo para se informar mais. 
É um exemplo da luta de uma sociedade civil forte e organizada para afrontar um governo PMDB, liderado pelo prefeito Eduardo Paes no Rio de Janeiro.


http://www.ebc.com.br/noticias/brasil/2014/09/moradores-da-vila-autodromo-protestam-por-urbanizacao-da-comunidade

http://favelissues.com/2011/12/14/the-olympic-juggernaut-hits-rio-de-janeiro-is-there-a-compelling-new-story-2/

http://www.boell.de/de/2014/04/19/ein-gallisches-dorf-brasilien


21/09/2014

Candomblê - Ile Axe Ala Obatalandê

" Jogo de Buzios - o caminho do segredo nos revela o conhecimento" 
Babalorixa Anderson Argolo de Oxalá - Ile Axe Ala Obatalandê
Os costumes e tradições de se consultar as divindades, atraves de oráculo de Ifa, onde o mensageiro exu e outros orixas, nos revela a vontade do sagrado, orientando como devemos agir diante do presente, observando o passado e seguindo para o futuro. Aqui encontro força , luz e respostas, orixa minha razao de viver.
Casa Matria apoia o Candomblê como espressão legitima de uma ancestralidade universal e como representança da cultura afro-brasileira. 
Acreditando num mundo de diversidade, onde religão tem muitas caras e muitas vozes, o candomblê é um esemplo de tolerância. É o caminho da dignidade, do respeito. É o cuidar coletivo do passado, do presente e do futuro. É o respeito da natureza e do ser umano. É saude, paz e prosperidade.
É a sabedoria de muitos. É o culto aos Orixas, ancestrais da umanidade.

Gostaria apresentar aqui a nossa familia que reside em Lauro de Freitas, o Ile Axe Ala Obatalandê.
Nosso pai e grande amigo Babalorixa Anderson de Oxalá é um dos fundadores da marcha contra a intôlerancia religiosa, um grande lider na luta para o respeito da cultura afro-brasileira, um representante digno do povo de santo. Aqui com uma parte da familia maravilhosa, Mãe Lele - zeladora da saude de tod@s, com essas comidas deliciosas… 

Casa Matria e Ile Axé Ala Obatalandê estão na fase preparatória de varios projetos, sejá na Vila Brandão, sejá em Lauro de Freitas.




Buen Vivir - Ökologie




Zwei Jahre schon ist es immer wieder Thema: wie setzen wir Buen Vivir in Casa Matria um? 
Unsere Community, Vila Brandão, hat ein enormes ökologisches Potential. 

Schon 2011 luden wir die Landschaftsarchitektin Vilja Larosta ein, eine Machbarkeitsstudie zu Urban Gardening und der Vermarktung von Eigenprodukten vor Ort zu machen. 
Das Konzept einer terrassenbasierten Anbaukultur entstand - und scheiterte letztendlich an der Unsicherheit an den Landnutzungsrechten. 
Die Idee von Gemeinschaftsgärten geistert aber seitdem in der Vila Brandão herum, es gab schon mehrere Versuche, kleinere Flächen gemeinsam zu bebauen. Gut Ding braucht Weile…


Als Casa Matria arbeiten wir derzeit an einem umfassenderen Projekt:

Wir sind ein kleiner Grüngürtel inmitten einer Großstadt, ein Refugium für die buntesten Vögel und anderer Art-GenossInnen. Pflanzen - ein grünblaues Meer, viel sauberes Grundwasser.

Aber der Grüngürtel ist bedroht, Immobilienspekulation ist Teil des Problems, Müll ein weiteres. Die Wohnsicherheit der AnwohnerInnen wird ständig in Frage gestellt.
Direkt neben der Vila Brandão wird eines der größten Hochhäuser Lateinamerikas gebaut, eine riesige Grünfläche wurde bereits abgeholzt. 

Ein Park der schützenswerten Pflanzen schwebt uns vor - essbar, Schatten spendend, Rückzug für alle Tierchen.
Wir beginnen bereits mit der Bepflanzung des Abhangs, das gesamte Projekt wird demnächst vorgestellt.

(Foto@google.maps)






19/07/2014

Acabou a Copa – voltamos à normalidade!


A abertura da Copa foi violenta, na Vitória. Tive um confronto duro entre a PM, polícia de choque e várias outras unidades de polícia (com certeza, havia mais de 50 policiais em ação!) e um grupo de ca. 20 ativistas dos movimentos sociais, que fizeram uma manifestação contra a copa. Uma ação que demorou 20 minutos. A Vitória cheia de gás, teve muitos tiros, gente fugindo em pânico.
Durante o confronto, foram quebrados os vidros da sede da Honda.
Nessa violência indiferenciada, a polícia jogando bombas lacrimogênea por todo lugar. Caiu uma bomba lacrimogênea numa casa da comunidade da Califórnia (do lado do Vale do Canela). A família que estava dentro da casa sofreu queimaduras, tiveram crianças pequenas fechadas por medo na cozinha, cheia da gás!



Eu me pergunto porque a polícia tem tempo para essas ações, mas não tem capacidade de resolver os problemas de violência, de roubo e de drogas nas comunidades? Precisamos de ajuda pública para poder viver em paz. Porque é negada?

A Vila Brandão, o largo da Vitória e a mansão Wildenberger

As chuvas fortes de junho mostraram mais uma vez a ineficiência da administração pública …
Na Vila Brandão, estamos sofrendo da inércia da cidade para resolver os problemas que são de interesse público!
Uma das maiores obras de Salvador esta acontecendo do nosso lado, a mansão Wildenberger. Com grande cartazes, eles estão anunciando a contrapartida social da obra – reestruturação da Igreja da Vitória.
Cadê a contrapartida social para a nossa comunidade e as outras comunidades da Vitória e do Canela? 

Pelo contrário, a nossa situação esta piorando desde quando a obra começou. A descida na Vila Brandão sempre foi difícil, a ambulância não tem acesso! Mas agora, a obra quebrou os primeiros degraus da escada da descida, e estamos vivendo com uma improvisação de madeira mal feita – desde mais de 5 meses! Cabos de energia aéreos a poucos centímetro sobre as nossas cabeças… a passagem piorou!

O Largo da Vitória fica sujo e a sujeira desce diretamente na nossa comunidade, trazendo lixo e tóxicos (já achamos lixo tóxico do CATO na lixeira pública!). Essas águas contaminadas descem assim diretamente para o mar, deixando uma marca de sujeira na natureza, matando os peixes e a flora marina única que temos na Vitória.


Com a chuva, uma parte do morro desceu – bem em cima da área invadida ultimamente pelo Yachtclub.

Nós, da Casa Mátria, estamos tomando a frente para restaurar esse morro. Começamos fazer uma contenção com sacos com o nosso mestre Alex Fiúza – baseado num conceito de construção biológica:
Sacos de barro, junto com sacos de pedras formam uma base sólida para evitar a caída de mais terra. Estamos plantando vários arbustres para fortalecer essa contenção.

Mas precisamos da ajuda da cidade para resolver o problema do morro: não temos estrada viável, não temos descida praticável, dentro da comunidade, não tem um sistema para captar e canalizar as águas de chuva.
Esperamos uma resposta!

Silvia Jura, diretoria Casa Matria