14/12/2012

A ladeira da chuva

A artista Líria Morays dedicou um processo performativo e criativo a ladeira da Vila Brandão, involvendo os moradores. Líria, quem ja trabalhou antes com Casa Matria e o nosso diretor artistico Frank Handeler, se dedicou a uma pesquisa sobre a noção do tempo, da conexão entre os mundos de cima e de baixo da ladeira.
Casa Matria foi a base dela para preparar e desenvolver esse trabalho.


Desenvolveu o trabalhou junto com Lucia Fernandez do Uruguai, moradora da Vila tambèm.
A Casa Mátria que se localiza na Vila Brandão, se torna uma parceria – uma casa na qual toda a equipe teve um local de reunião, como também durante os ensaios a partir de julho e apresentação da temporada serviu como suporte para a realização das apresentações.

A partir de fevereiro de 2012, a pesquisa de movimento começa a se desenvolver com improvisações entre Lyria e Lucía. Essas improvisações eram realizadas aos finais da tarde, sempre começando no topo da ladeira e chegando até o final. Ao longo do ano, algumas sequências coreográficas, bem como situações em que o corpo esteve aberto a improvisações roteirizadas foram se configurando junto com Lucía e após a sua saída.
Há a inserção dos materiais cênicos – garrafões de água mineral que se espalham na ladeira durante os ensaios que aconteciam sempre aos finais de tarde na própria ladeira da Vila Brandão.
Foi realizada uma experiência de moradia na própria Vila Brandão durante um mês, vivenciando as condições do lugar de um modo mais horizontal, na qual se estabeleceu como suporte para a apresentação a Casa Mátria durante a temporada.
Foi realizado um workshop de dança (Ladeira de chuva em conexão) durante três dias (três horas cada) para as crianças da Vila, no espaço da igreja da Vitória, conectando as informações criativas do processo às aulas de dança.
O material gerado durante o processo criativo foi mostrado – referente à escrita do artigo sobre processo criativo – no congressso científico da ABRACE – em Porto Alegre-RS em setembro de 2012. Foi mostrado também no encontro de Dança Contemporânea e composição em tempo real em Uberlândia – MG na Universidade Federal de Uberlândia.
Agendas culturais foram distribuídas pela vila difundindo as informações culturais que acontecem na cidade durante o período do processo criativo no intuito de criar estratégias de Mediação Cultural como uma possibilidade de comunicação, informação e mínima proximidade das pessoas desse lugar com o mercado artístico/cultural.
Foram distribuídas cartas-convites para os moradores da comunidade explicando sobre a temporada e convocando a presença de todos durante a temporada de 20 a 25 de novembro sempre as 17h na ladeira. Foram comprados materiais de figurino e iluminação, sacos de lixo para adereço cênico, geladinhos azuis que foram encomendados para a moradora do bairro D. Tonha, balas para as crianças.
São feitas camisas para a equipe de trabalho como estratégia de identificação para o público que chega e o público que reside a possibilidade de identificar uma identidade visual do trabalho durante a apresentação.
Ocorreu a realização da temporada de 20 a 25 (de terça a domingo), no mês de novembro, sempre as 17hs.